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19/05 Intoxicação Alimentar - Prevenção e Cuidados

Fonte: Freepik

 

Intoxicação alimentar é um problema de saúde causado pela ingestão de água ou alimentos contaminados por bactérias, vírus, ou por suas toxinas, por fungos, produtos químicos ou componentes tóxicos de certos vegetais.

 

A contaminação pode ocorrer durante a manipulação, preparo, conservação e/ou armazenamento dos alimentos. Em crianças e idosos, a intoxicação alimentar pode se tornar muito séria.

 

Muitas vezes, os primeiros sintomas provocados por algumas bactérias podem aparecer somente após 3 dias da ingestão.

 

 

Prevenção e Cuidados

 

Os riscos da contaminação são inúmeros, por isso é importante selecionar desde o local de compra, até seu preparo final. Devido a ampla distribuição de microrganismos, é de suma importância que os alimentos sejam manipulados sob uma rígida condição de higiene, para evitar sua contaminação.

 

A prevenção está diretamente relacionada ao saneamento básico, aos cuidados na manipulação e no preparo dos alimentos, e medidas básicas de higiene, como lavar as mãos antes e após usar os sanitários.

 

Geralmente os alimentos contaminados não apresentam sinais da presença de microrganismos, pois sua aparência, gosto e cheiro costumam ser absolutamente normais.

 

O maior risco para o paciente é a desidratação decorrente de forte diarreia. Por isso é importante ingerir líquidos, como água e sucos. Mas não se deve consumir leite em casos de intoxicação alimentar, pois o organismo pode ficar carente de enzimas que digerem a lactose.

 

Os sintomas da “intoxicação alimentar” são: dor de estômago, náusea, vômito, diarreia, febre e dor de cabeça. Pode ocorrer diarreia com sangue ou uma doença mais grave. As pessoas mais suscetíveis são crianças, grávidas, idosos e pessoas com o sistema imunológico debilitado (Comissão de Saúde Pública de Boston, 2020).

 

Um médico deve ser consultado para avaliar a gravidade dos sintomas.

 

 

Abaixo, algumas importantes recomendações do Boston Public Health Commission (2020) para evitar intoxicação alimentar:

 

1. Leve à geladeira restos e porções não utilizados prontamente.

2. Os alimentos não devem ficar fora da geladeira por mais de 2 horas. Se estiver ao ar livre em um dia quente de verão, não deixe os alimentos sem refrigeração por mais de uma hora.

3. Mantenha as caixas térmicas cheias para conservar as temperaturas frias, não as deixe ao sol e limite o número de vezes que as abrir.

4. Lave as mãos com água corrente e sabão durante pelo menos 20 segundos antes e depois de preparar a comida, depois de tocar em alimentos crus, antes de comer, após usar o banheiro e após trocar fraldas ou limpar criança que tenha usado o banheiro. Se água e sabão não estiverem disponíveis, utilize um desinfetante para as mãos à base de álcool.

5. Lave frutas e legumes frescos em água corrente antes de cozinhar, embalar ou comer.

6. Lave todas as superfícies e utensílios com água morna e sabão antes e após o uso.

7. Impeça que líquidos de carnes, aves ou peixes crus entrem em contato com outros alimentos, cozidos ou crus. Esses líquidos contêm germes!

8. Utilize pratos separados para a carne, peixe ou aves crus ou cozidos.

9. Se possível, utilize uma tábua de corte para carne ou aves e outra para alimentos prontos para serem ingeridos, como produtos agrícolas crus.

10. Se for utilizada uma única tábua de cortar, lave-a com água quente e sabão entre a preparação de carne, aves ou peixes crus e a preparação de produtos que não serão cozidos.

11. Descongele os alimentos no refrigerador ou no micro-ondas, não em um balcão.

12.Cozinhe os alimentos em temperaturas adequadas.

13. Não interrompa o cozimento cozinhando parcialmente a comida e terminando mais tarde.

14. Ao servir, mantenha quentes os alimentos quentes e frios os alimentos frios.

 

Assim, adotando medidas preventivas simples, podemos evitar as contaminações alimentares, e garantir uma alimentação de qualidade para nós, e nossos familiares.

 

Nutricionista Geisa Almeida

 

Referências Bibliográficas

BRUNA, M. H. V. Intoxicação Alimentar. Publicado em 02/02/2012. Revisado em 08/08/2020. Disponível em:<https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/intoxicacao-alimentar/>. Acesso em 05/04/2021.

Boston Public Health Commission, Infectious Disease Bureau 1010 Massachusetts. February 2020. Disponível em: < https://www.bphc.org/whatwedo/infectious-diseases/Infectious-Diseases-A-to-Z/Documents/Fact%20Sheet%20Languages/Food%20Poisoning/Portuguese.pdf>. Acesso em 08/04/2021.

MENDONÇA, R. T. Nutrição: um guia completo de alimentação, praticas de higiene, cardápios, doenças, dietas, gestão. 1.ed. São Paulo: Rideel- 2010.

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