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18/06 Como está a sua alimentação?

Fonte: Google Imagens

 

Má Alimentação

 

A escolha dos alimentos que ingerimos ao longo da vida são elementos determinantes para a nossa saúde. Os alimentos podem prevenir doenças, aumentar a energia, melhorar o funcionamento dos órgãos e aumentar a longevidade. Alimentação e saúde são fatores que andam lado a lado e grande parcela da população ignora esse fato.

 

Estudos na área da saúde vem observando que desde a segunda metade do Século XX, condições favoráveis à ocorrência de desnutrição e doenças infecciosas têm sido gradativamente substituídas por um cenário favorável à ocorrência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) relacionadas ao consumo excessivo e/ou desbalanceado de alimentos e à prática insuficiente de atividade física.

 

A má alimentação é, hoje, uma das principais causas de morte no mundo. Um estudo recente publicado pelo Instituto de medição e avaliação da saúde da Universidade de Washington - E.U.A, constatou que a má alimentação foi responsável por quase 11 milhões de mortes em 2017, contra 8 milhões pelo cigarro. Foram 22% do total de óbitos, causadas pela alimentação desregrada.

 

Os problemas ocasionados por uma alimentação desregrada em horário e pobre em nutrientes vai muito além da tríade diabetes, obesidade e colesterol elevado, os mais comuns, mas não os únicos quando existe a prática de ingerir comida pronta e industrializada, montar pratos muito gordurosos ou mesmo passar horas sem se alimentar. Eis que entram em cena doenças como gastrite, prisão de ventre, hipertensão arterial, anemia, cansaço e indisposição. Entretanto as consequências da má alimentação podem ser amenizadas com mudanças de hábitos, dentro e fora de casa.

 

Gastrite: A gastrite se caracteriza por uma inflamação na mucosa do estômago. E é provocada, em parte, por má alimentação e a realização de poucas refeições por dia. Para evitar que ela ocorra, é preciso fracionar mais as refeições. Ou seja, comer em pequenas porções ao longo do dia. Além disso, é importante evitar alimentos que irritam a mucosa do estômago. São eles café, frituras, doces, bebidas alcoólicas, alimentos condimentados e outros.

 

Diabetes:  A Diabetes do tipo II está diretamente relacionada com o excesso de peso e a obesidade. De forma geral, é importante reduzir o consumo de carboidratos, gorduras e promover uma reeducação alimentar. Exercícios físicos também são importantes.

 

Colesterol Elevado: O colesterol é um tipo de gordura encontrada em nosso organismo importante para o seu funcionamento normal. No entanto, o aumento nos índices de colesterol LDL – um dos tipos de colesterol –  pode provocar infarto e derrame, pelo acúmulo em artérias e coronárias. Cerca de 70% do colesterol é produzido pelo nosso próprio corpo e 30% é proveniente da dieta. Assim sendo, é importante consumir de forma moderada alimentos ricos em gordura e evitar alimentos industrializados ricos em gorduras trans. E aumentar o consumo de fibras e praticar exercícios

 

Obesidade: É uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal. A obesidade pode ser provocada por diversos fatores. Dentre eles, a redução do gasto energético e a ingestão excessiva de calorias. Assim como no caso da Diabetes, é importante promover uma reeducação alimentar total e fazer atividades físicas.

 

Hipertensão: Fator de risco para doenças cardiovasculares, a hipertensão é o aumento da pressão arterial. Para prevenir o seu aparecimento, é importante reduzir o consumo de sal de cozinha e alimentos ricos em sódio, como os industrializados. Praticar atividades físicas também é importante.

 

Desnutrição: Doença que surge devido a uma alimentação com baixa de calorias e nutrientes. 

 

Doenças Generativas: Surgem devido à prática de uma alimentação com alto teor de gorduras saturadas, colesterol e ao elevado consumo de calorias. 

 

Prisão de Ventre: Problema de saúde derivado do consumo excessivo de alimentos refinados, como a farinha, o açúcar, a carne, as gorduras. E também devido ao consumo insuficiente de fibras de vegetais e frutas.

 

Anemia Nutricional: Doença resultante da insuficiência do consumo de ferro e ácido fólico, devido ao consumo excessivo de açúcares, gorduras e alimentos refinados

 

A falta de algumas vitaminas e minerais prejudica o bom funcionamento das células, e existem alimentos que podem ajudar a fortalecer o sistema imunológico:

 

– Vitamina C: é considerada um potente antioxidante que ajuda a diminuir o dano celular, ou seja, ajuda as células do corpo a se adaptarem melhor a situações de estresse e doença. Alimentos com alto teor dessa vitamina: laranja, limão e acerola. Também possuem excelentes quantidades pimentões, tangerina, goiaba, araçá, caju, kiwi, pitomba, brócolis, manga, abacaxi, mamão e morango.

 

Vegetais verde-escuros ou folhosos: em geral, são ricos em antioxidantes, substâncias capazes de combater a ação de radicais livres, que causam danos às células e facilitam o surgimento de doenças. Couve, chicória, espinafre e brócolis são ricos em diversos minerais e vitaminas, como potássio, ácido fólico, magnésio e vitamina K. Eles são também fontes de fibras que ajudam no funcionamento do intestino e na manutenção da microbiota intestinal, pois servem como “alimento” para as “bactérias boas” que colonizaram nosso intestino.

 

Carnes: (incluindo o fígado), leites, ovos, legumes, verduras (especialmente o brócolis e a couve), cereais integrais, leguminosas, ervilhas, algumas oleaginosas (como amendoim, castanhas e nozes), abacate e levedo de cerveja são fontes de vitaminas do complexo B e de zinco, nutriente que contribui para melhora imunológica.

 

Alho: é fonte das vitaminas A, C e E, fortes aliadas no reforço do sistema imunológico. A cebola tem diversos nutrientes (entre eles, os minerais) e uma boa quantidade de potássio, mineral envolvido na regulação da pressão arterial.

 

Mel, iogurte natural, gengibre, açafrão da terra e os alimentos de cor vermelho arroxeada ajudam a manter a imunidade.

 

– A principal fonte de produção da vitamina D se dá por meio da exposição solar, pois os raios ultravioletas do tipo B (UVB) são capazes de ativar a síntese dessa substância. Porém, alimentos também ajudam nessa função, como sardinha em lata conservadas em óleo, salmão, iogurte, leite, fígado e gema de ovo. É importante destacar que o excesso de vitamina D pode acarretar riscos para a saúde.

 

– Produtos industrializados, ricos em açúcar, gorduras trans, aditivos químicos (como corantes, acidulantes e aromatizantes) podem levar ao surgimento de reações inflamatórias e deprimem a resposta do sistema imune. É bom evitar refrigerantes, biscoitos recheados, salgadinhos de pacote, macarrão instantâneo, temperos prontos, pratos congelados tipo lasanha, hambúrguer e salsicha.

 

Em conclusão, gozar de uma saúde plena requer a adoção de um conjunto de bons hábitos como: Tomar no mínimo 2 lts de água por dia; dormir as quantidades necessárias; controlar o estresse no dia a dia; praticar exercícios físicos moderados e ter uma alimentação equilibrada, ajudam a prevenir uma série de doenças.

 

Nutricionista: Giovana Servija

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